terça-feira, 1 de setembro de 2015

Rede De Ensino Online


Chat ao vivo online com o Papa Francisco no Scholas. 



A intenção da nova plataforma é construir uma rede se ensino que conecta escolas e instituições com o uso da internet.

A participação do pontífice marca um evento que faz parte do IV CongressoMundial Educativo da entidade do Vaticano.

Desde segunda-feira o evento sobre a “Responsabilidade social educativa, um trabalho e todos os educadores”, vem sendo realizado no Vaticano.

Em setembro do ano passado, o Papa acompanhou o lançamento da plataforma online de “Scholas” por meio de seu primeiro encontro virtual com jovens diferentes partes do mundo.

Pedro um brasileiro que sofre de má formação congênita fará uma participação especial no encontro juntamente com outras crianças da Espanha, como Elvira e Alicia com síndrome de Down.





Parceria

Portal Futurum e Scholas Ocurrentes assinam acordo de parceria no III Congresso Nacional de Educação Católica

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Durante a solenidade de abertura do III Congresso Nacional de Educação Católica ocorreu, também, a assinatura oficial do termo de parceria entre a rede global Schollas Occurrentes e o Portal Futurum. Firmado entre Daniel Stigliano, representante do Scholas Ocurrentes, e Ir. Paulo Fossatti, presidente da ANEC (Associação Nacional de Educação Católica do Brasil), a parceria consolida-se a partir do convite do papa Francisco, ocorrido ainda no ano passado.

Nas palavras de papa Francisco, o Scholas Ocurrentes quer, de alguma maneira, reintegrar o esforço de todos pela educação. Quer refazer, harmonicamente, o pacto educativo, “porque somente assim, se todos os responsáveis pela educação de nossos pequenos e jovens nos harmonizarmos, poderemos mudar a educação”. E, para isso, Scholas busca a cultura, o esporte, a ciência; para isso, Scholas busca as pontes, sai da pequenez e vai olhar além. E hoje está dirigindo, em todos os continentes, esta interação, este entendimento.

Nesta perspectiva, o Portal Futurum, plataforma digital educativa das escolas católicas, foi convidado a integrar a recém-criada scholas.social, que servirá para um intercâmbio entre as diversas escolas do mundo e vai compor a rede internacional de escolas, compartilhando projetos e vivências educacionais nas áreas de pastoral e gestão educacional. Para Daniel Stigliano, “a tecnologia pode ser um dos tantos caminhos que a educação pode empreender para alcançar uma mudança. Não vamos mudar o mundo se não mudarmos primeiramente a educação”, afirmou.

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Se inicialmente o Portal Futurum uniu as escolas brasileiras, agora chega à América Latina e ao resto do mundo. “Temos certeza de que esse convênio vai fortalecer o Scholas”, acredita o Ir. Paulo Fossatti. Agora, a parceria será ratificada pelo papa Francisco no Congresso Mundial de Educação Católica, de 18 a 21 de novembro, em Roma.

Com a parceria, o Portal Futurum ganha também uma dimensão internacional, na visão do Ir. Valter Zancanaro, secretário executivo da UMBRASIL. O Portal tem o potencial pioneiro de colocar, na mesma plataforma, grandes iniciativas educacionais católicas, trabalhando em rede e de forma sinérgica em nível global. “É muito importante ter um ambiente de trocas de boas práticas educacionais”, exemplifica. “De Norte a Sul, Leste a Oeste, na América Latina ou no mundo todo, posso encontrar pessoas e escolas trabalhando em experiências bem-sucedidas que podem ser compartilhadas”, afirmou Ir. Valter.

Portal Futurum foi criado em 2011 por entidades católicas Salesianas, Maristas, Lassalistas, pela FTD Educação e pela Anec, com o objetivo de contribuir com soluções de educação para a construção de uma sociedade ética e solidária.

Educação Católica

Carta de Curitiba

Somos Educadoras e Educadores vindos de todas as regiões do Brasil, reunidos no III Congresso Nacional da Educação Católica, ANEC, realizado na cidade de Curitiba, durante os dias 15 e 18 de julho de 2015. Nesses dias, com as celebrações, as conferências, os fóruns, os grupos e os debates e, em especial, a convivência fraterna e a partilha da missão, renovamos os pilares do nosso compromisso com a educação e a vida a partir do encontro com Jesus. Como resultado desses debates, socializamos as seguintes reflexões e recomendações que compõem esta “Carta de Curitiba”.

Queremos nos colocar em unidade com todos que se sentem comprometidos com a educação cristã evangélico-libertadora que visa a formação integral da pessoa humana, sujeito e agente da construção de uma sociedade justa, fraterna, solidária e pacífica, segundo o Evangelho e a Doutrina Social da Igreja conforme a Missão e a Identidade da ANEC.

Partimos da premissa de que a Educação é um processo de Humanização, por meio do qual a pessoa é inserida na sociedade e que cujo processo se efetiva com a apropriação dos conhecimentos científicos e filosóficos, que sejam capazes de educá-la de forma integral.
Como educadoras e educadores, atentos às exigências fomentadas pelo processo de globalização e pela revolução cientifico-tecnológica que mudaram os paradigmas de produção e de convivência, temos vivenciado grandes mudanças no cenário socioeconômico, político e educacional, que geram também crises e angústias na vida pessoal, nas Instituições e nos diferentes setores da sociedade. 

Compreender este momento histórico exige de nós um olhar de esperança, na tentativa de mudar e transformar essa realidade a partir de nós mesmos, atitude que demanda rever conceitos e desconstruir posições para construir e ampliar nossa compreensão da realidade, que se faz presente nos pequenos gestos, sejam de respeito, de acolhida e de amor, atentos ainda à diversidade no serviço às pessoas, na sua inteireza e no contexto sociocultural.
Continuamos nossa missão, no seguimento de Jesus, tendo presente a história das Escolas Católicas com seus respectivos carismas, compartilhando os sonhos das fundadoras e dos fundadores, que ainda hoje pulsam nos corações dos que abraçam e assumem os desafios por causa do Reino de Deus.

Assim, e sempre buscando o aprimoramento do trabalho em rede, condição especifica para o desenvolvimento de nossas atividades, firmamos o nosso compromisso com a identidade da Educação Católica no Brasil:
  1. 1-  Implementando Políticas de Formação Continuada para os profissionais docentes, por meio de socialização de textos, relatórios de pesquisas e eventos relativos aos temas: Educação, Evangelização e Cidadania.

  2. 2-  Fortalecendo o que já existe como diferencial específico à educação católica. Não devemos negligenciar ou subestimar aquilo que já temos. Esse reconhecimento deve ser um fator de estímulo e ponto de partida na apropriação e desenvolvimento da espiritualidade no ambiente escolar.

  3. 3-  Promovendo uma ação conjunta em todo o corpo escolar, alinhando os objetivos, considerando as motivações, proporcionando oportunidades de comunhão e participação, buscando a coerência entre a missão e a ação.

  4. 4-  Atuando junto aos órgãos públicos da educação e do poder legislativo, de forma proativa em defesa dos interesses das Instituições Católicas nas mais diversas agendas políticas e educacionais.

  5. 5-  Impulsionando a postura investigativa dos educadores das Instituições Católicas, tendo em vista a produção de conhecimento, como formação continuada, em desejável sinergia entre Educação Básica e Ensino Superior Católico.

    6-  Fortalecendo a formação continuada de educadores na perspectiva da pedagogia do evangelho de Jesus Cristo, portanto, da radicalidade do amor que promove que promove a dignidade da pessoa humana, considerando o profissional docente como agente em/de transformação.

    7-  Formando os educadores para atuar na educação integral e de período integral – procurando estabelecer parcerias entre as Escolas e as Faculdades, Centro Universitários e Universidades Católicas para aperfeiçoar essa formação.

    8-  Elaborando projetos comuns entre as IES Católicas para fortalecer a unidade na ação evangelizadora na Educação Superior por meio de objetivos comuns.

    9-  Criando sinergia, nas Instituições Católicas de Ensino, entre a Comunicação e o Pedagógico/Pastoral, permeando toda a organização e também o desenvolvimento de uma política de endomarketing.

    10-Propiciando formação docente para o uso adequado das tecnologias, viabilizando oportunidades significativas de aprendizagem e promoção da ética e dos valores católicos.

    11-Possibilitando o compromisso, o comprometimento e a satisfação das famílias em integrar as instituições de ensino, por meio de festas, eventos, reuniões individuais e coletivas, atendendo à demanda da comunidade escolar e dessa forma, acompanhar a diversidade presente entre os alunos e familiares, assim como as especificidades pedagógicas daqueles, permeados pelo diálogo e respeito.

    12-Fomentando em toda a comunidade educativa a urgência e responsabilidade no cuidado com as diferentes formas de manifestações de vida.

    13-Garantindo aos estudantes uma formação integral cuja proposta pedagógica integre as dimensões afetiva, ética, social, cognitiva, solidária e religiosa.

    14-Observando e comprometendo-se cada vez mais com as reflexões e as práticas propostas pelos diversos organismos da Igreja e da Educação Católica, em âmbito Local, Regional, Nacional e Internacional, aprofundando sempre mais a comunhão entre a ANEC e a Igreja.
Sob o olhar da MÃE EDUCADORA e inspirados pelo exemplo do Papa Francisco, seguimos com o firme propósito de construir uma sociedade fundamentada na mística, no conhecimento, e nas competências em busca de oportunidades para a Educação Católica nas culturas contemporâneas.

Curitiba, PR, 18 de Julho de 2015. 

Papa Francisco e a Educação Católica

#Discurso do Papa Francisco sobre educação católica


Senhores Cardeais,

Venerados Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio

Queridos irmãos e irmãs,

Dirijo uma saudação especial aos Cardeais e Bispos membros recém-nomeados desta congregação, e agradeço ao Cardeal Prefeito pelas palavras com que introduziu este encontro.

As questões que vocês têm na agenda são desafiadoras, como a atualização da Constituição Apostólica Sapientia Christiana, a consolidação da identidade das Universidades católicas e a preparação dos aniversários a serem celebrados em 2015, isto é, o 50º da Declaração conciliar Gravissimum educationis e o 25º da Constituição Apostólica Ex Corde Ecclesiae. A Educação católica é um dos desafios mais importantes da Igreja, empenhada hoje para realizar a nova evangelização em um contexto histórico e cultural em constante transformação. Nesta perspectiva, gostaria de chamar a sua atenção para três aspectos.

 O primeiro aspecto diz respeito ao valor do diálogo na educação. Recentemente, vocês desenvolveram o tema da educação para o diálogo intercultural na escola católica, com a publicação de um documento específico. Na verdade, as escolas e as Universidades católicas são frequentadas por muitos estudantes não cristãos ou mesmo os não crentes. As instituições educativas católicas oferecem para todos uma proposta educativa que visa o desenvolvimento integral da pessoa e que responde ao direito de todos a ter acesso ao saber e ao conhecimento. Mas também são chamadas a oferecer a todos, com pleno respeito à liberdade de cada indivíduo e aos métodos próprios do ambiente escolar, a proposta cristã, isto é, Jesus Cristo como sentido da vida, do cosmos e da história.

 Jesus começou a pregar a boa nova na “Galiléia dos gentios”, lugar de encontro de pessoas de diferentes raças, culturas e religiões. Este contexto é semelhante em alguns aspectos com o mundo de hoje. As profundas mudanças que levaram à disseminação sempre mais ampla de sociedades multiculturais exigem cada vez mais de quem atua no setor escolar e universitário um envolvimento em percursos educativos de confronto e de diálogo, com uma fidelidade corajosa e inovadora que saiba proporcionar o encontro da identidade católica com as diferentes “almas” da sociedade multicultural. Penso com admiração na contribuição que oferecem os Institutos religiosos e as demais instituições eclesiais com a criação e a gestão das escolas católicas em contextos de acentuado pluralismo cultural e religioso.

 O segundo aspecto diz respeito à preparação qualificada dos educadores. Não se pode improvisar. Temos que fazer com seriedade. Durante o encontro que tive com os Superiores Gerais, salientei que hoje a educação é destinada a uma geração que muda, e que, portanto, cada educador – e toda a Igreja que é mãe educadora – é chamado a “mudar“, no sentido de saber se comunicar com os jovens que tem diante de si.

 Gostaria de limitar-me a fazer referência aos traços do perfil do educador e da sua tarefa específica. A educação é um ato de amor, é dar vida. E o amor é exigente, pede o empenho dos melhores recursos, despertar a paixão e colocar-se a caminho junto com os jovens, com paciência. O educador nas escolas católicas deve ser, antes de tudo muito competente, qualificado, e ao mesmo tempo rico em humanidade, capaz de estar entre os jovens com estilo pedagógico, para promover o seu crescimento humano e espiritual. 

Os jovens precisam de uma educação de qualidade juntamente com valores, não só enunciados, mas testemunhados. A coerência é um fator indispensável na educação dos jovens. Coerência! Não se pode fazer crescer, não se pode educar sem coerência: coerência, testemunho.

 Por isso o educador precisa, ele mesmo, de uma formação permanente. Ocorre, portanto, investir para que os professores e administradores possam manter o seu elevado profissionalismo e também a sua fé e a força de suas motivações espirituais. E mesmo nesta formação permanente me permito sugerir a necessidade dos retiros e dos exercícios espirituais para os educadores. É bom fazer cursos sobre este e aquele assunto, mas é também necessário fazer cursos de exercícios espirituais, retiros, para rezar! Porque a coerência é um esforço, mas, sobretudo, é um dom e uma graça. E nós devemos pedi-la!

 Um último aspecto diz respeito às instituições de ensino, ou seja, as escolas e as universidades católicas e eclesiásticas. O 50º aniversário da Declaração conciliar, o 25º aniversário da Ex Corde Ecclesiae e a atualização da Sapientia Christiana nos levam a refletir seriamente sobre as numerosas instituições de ensino espalhadas em todo o mundo e sobre a sua responsabilidade de exprimir uma presença viva do Evangelho no campo da  educação, da ciência e da cultura. É necessário que as instituições acadêmicas católicas não se isolem do mundo, mas saibam entrar com coragem no areópago das culturas atuais e colocarem-se em diálogo, conscientes do dom que têm para oferecer a todos.

 Caríssimos, a educação é um grande canteiro aberto, no qual a Igreja sempre esteve presente com suas próprias instituições e projetos. Hoje precisamos novamente incentivar esse empenho em todos os níveis e renovar a tarefa de todos os sujeitos que aí estão empenhados, na perspectiva da nova evangelização. Neste horizonte lhes agradeço por todo o trabalho de vocês, e invoco por intercessão da Virgem Maria a constante assistência do Espírito Santo sobre vocês e sobre as suas iniciativas. 

Peço-lhes que, por favor, rezem por mim e pelo meu ministério, e de coração lhes abençoo. Obrigado!

Fonte: Vaticano